Prefeitura de Mossoró acumula dívidas de quase R$ 45 milhões só com restos a pagar


Desde quando a Câmara Municipal de Mossoró (CMM) aprovou o projeto de lei 1.173/2015, que autoriza a Prefeitura de Mossoró (PMM) a fazer operação de crédito utilizando as receitas provenientes da antecipação dos royalties, em novembro do ano passado, este potencial recurso tem sido dado como garantia pelo Executivo para a quitação de débito com diferentes setores da gestão municipal. Salários atrasados dos servidores terceirizados, dívidas com fornecedores, entre outros débitos, aguardam pela chegada dos tão propagados recursos dos royalties para serem regularizados.
A espera dos credores por esse recurso para que a Prefeitura possa honrar os compromissos financeiros assumidos vem desde o ano passado e ela torna-se ainda mais apreensiva porque nem a própria gestão sabe qual o valor a ser liberado tampouco quando esses recursos irão chegar às contas do Município. Outro agravante é que existe grande probabilidade de os recursos a serem liberados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não poderem ser suficientes para cobrir todos os valores devidos e equilibrar as contas da Prefeitura.
Conforme declaração feita pelo próprio prefeito Francisco José Júnior, em entrevista à TV Câmara em dezembro do ano passado, a ANP teria anunciado conceder R$ 34,6 milhões de royalties como garantia em empréstimo bancário. Caso esse valor seja confirmado, ele estará aquém do débito total da Prefeitura de Mossoró, segundo dados do Portal da Transparência.
De acordo com o portal, de janeiro a abril de 2016, o acumulado de restos a pagar, ou seja, os débitos da Prefeitura somam o montante de R$ 44.336.086,14.

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